Série Tática: Running Back
- Carol Grigori
- 25 de ago. de 2020
- 3 min de leitura
A série tática já abordou o funcionamento básico de um jogo de futebol americano e a posição de quarterback e hoje falaremos sobre o running back, principal responsável pelo jogo terrestre de uma equipe.
O que é um running back?
Running back é o "corredor oficial" de um time. É o jogador que, em quase todas as jogadas terrestres, vai receber a bola das mãos do quarterback e ganhar jardas com as próprias pernas. Por isso, fica posicionado atrás do QB (conforme imagem abaixo).
Existem dois tipos de RBs e o que os diferencia é o posicionamento de campo e seus atributos físicos. O halfback (ou tailback) é o jogador que geralmente corre com a bola. Precisa ser ágil e relativamente menor. Sempre (ou quase) que você ouvir alguém se referindo ao running back, a pessoa está falando sobre o halfback.
Já o fullback tem como principal função bloquear os jogadores defensivos, abrindo espaço para o halfback correr. Por esta razão, tem um porte físico maior, é mais forte e, quando está em campo, fica entre o QB e o HB.

O running back também pode receber passes, e o mais comum deles é o screen pass. É um tipo de passe curto, onde o jogador pega a bola ainda próximo a linha de scrimmage e tenta ganhar o maior número de jardas possível após a recepção. Geralmente são usados quando os jogadores da defesa adversárias estão mais recuados (ou seja, quando estão mais "longe" do ataque, mais próximos da endzone), tendo o ataque provocado essa reação na defesa ou não.
Importante ressaltar que o screen também é utilizado com wide receivers e tight ends (outras posições ofensivas que veremos nas próximas matérias da série tática).
Confira abaixo jogadas de screen pass que resultaram em touchdowns:
Polêmicas da posição
Não é exagero dizer que é a posição mais polêmica do futebol americano. O jogador está sempre muito exposto ao contato (sofre tackle em quase toda jogada), então muito se fala sobre os impactos físicos. Impactos esses que influenciam diretamente nas principais discussões acerca da posição: aposentadoria e valor dos contratos.
No início dos anos 2000, as equipes costumavam fechar grandes contratos com RBs que estavam a beira dos 30 anos. E o que geralmente acontecia era: o jogador rendia por mais uma ou duas temporadas, caía de produção e a franquia ficava com aquele contrato "nas costas".
Por este motivo, atualmente a carreira de um RB dura até seus 30 anos, e o jogador consegue assinar apenas dois contratos (um assim que sai da Universidade, o famoso contrato de rookie, e outro por volta dos 26 anos). Outro motivo que faz com que as franquias não arrisquem em RBs mais "velhos", é a forma com que os jogadores da posição saem do College. O jogo terrestre nas ligas universitárias tem melhorado cada vez mais, o que resulta em jogadores mais bem preparados para assumir a titularidade na NFL.
Assim como o número e tempo de contratos diminuiu, o valor destes também gera discussão. Vale a pena pagar muito por um jogador com alto risco de lesão, que tem a "vida útil" mais curta da Liga e que é relativamente fácil de ser substituído?
Como esta não é uma matéria de opinião, vou indicar alguns conteúdos sobre o assunto para que você analise e chegue às suas próprias conclusões. O Cara da Sports (que tem uma opinião polêmica sobre o assunto) falou um pouco mais sobre a desvalorização dos running backs, o ProFootball analisou os RBs mais bem pagos da última década e o portal Liga dos 32 fez uma matéria muito interessante sobre o futuro da posição. E para quem está começando agora e quer acompanhar os melhores jogadores da posição, o No Flags Brasil fez o TOP 10 Running Backs para 2020.
Os melhores números da história da NFL

Os grandes nomes da história
Confira abaixo os principais nomes da posição e sinta-se a vontade para pesquisar e conhecer mais sobre cada um deles, dentro e fora de campo.
Walter Payton
Emmitt Smith
Jim Brown
Barry Sanders
Eric Dickerson
Adrian Peterson
Marshall Faulk
LaDainian Tomlinson
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