Furacão Katrina e o New Orleans Saints: amor muito além das 4 linhas
- Pedro Paulo Lemes
- 11 de jun. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 15 de set. de 2021
Se você começou a acompanhar NFL recentemente, deve estar acostumado a ver o Mercedes-Benz Superdome lotado toda semana, com fãs muito apaixonados e o Saints brigando por título quase toda temporada.
Mas caso não seja torcedor da franquia de Nova Orleans, ou não tenha pesquisado um pouco sobre, provavelmente você não sabe que a história do time nem sempre foi tão gloriosa assim, que o time por muito pouco não se mudou da cidade e que uma tragédia em 2005 foi o ponto de mudança da franquia e sua relação com seus torcedores.
O New Orleans Saints pré-Katrina
No dia 1 de novembro de 1966 foi anunciado que New Orleans receberia uma nova franquia da NFL por ser um mercado muito promissor para a Liga. O nome Saints foi escolhido em um concurso e faz homenagem a forte relação da cidade com a igreja católica e também a música When The Saints Go Marching In (Louis Armstrong), um dos símbolos da cidade e que até hoje é cantada pelos torcedores nos jogos do time no Superdome. Suas cores são preto e dourado em referência a indústria de petróleo, muito presente na região. Seu símbolo é uma flor de lis em referência a família real da França, já que a Louisiana é o único estado americano de origem francófona.
O início da franquia foi bem ruim. Em sua primeira temporada, o time conseguiu um recorde de 3-11 e só foi chegar aos playoffs 20 anos depois, em 1987, onde teve um recorde de 12-3, mas perdeu para o Vikings logo de cara. Apesar de boas defesas, o Saints só foi conquistar sua primeira vitória na pós temporada em 2000, contra o St. Louis Rams.
O Furacão Katrina
O Furacão Katrina aconteceu em agosto de 2005 e atingiu a região sul dos Estados Unidos, principalmente a cidade de Nova Orleans, no estado da Louisiana. Esse furacão de categoria 5, foi responsável por mais de 1800 mortes e um rombo financeiro de aproximadamente 81,2 bilhões de dólares para o governo americano. Isso fez com que o Katrina se tornasse o desastre natural mais destrutivo e mais caro na história dos Estados Unidos.

(Foto: James Nielsen/AFP/Getty Images)
A relação time-torcida transcendeu o esporte
Antes da temporada de 2005 começar, havia muitos rumores de que o Saints se mudaria de New Orleans por conta de falta de reformas em seu estádio e por sua história pouco vitoriosa. O principal destino era San Antonio no Texas, já que o empresário e dono da franquia, Tom Benson, mantinha fortes laços econômicos com a cidade texana.
Durante o furacão Katrina, o Superdome abrigou mais de 30 mil moradores da cidade que perderam suas casas, isso fez com que a relação time/cidade mudasse drasticamente.
Na temporada de 2005 o estádio passou por reformas por conta dos danos causados, e o Saints precisou jogar seus jogos em lugares alternativos como o Tiger Stadium de LSU, Alamodome de San Antonio e até estádio do Giants/Jets em nova York.
Recomeço e mudança de patamar
Em 2006 a equipe contratou o técnico Sean Payton e o quarterback Drew Brees. O primeiro jogo no Superdome após o Katrina foi contra o rival Atlanta Falcons, e o Saints venceu por 23-3. Esse jogo tem como símbolo o bloqueio de punt de Steve Gleason, retornado para touchdown por Curtis Deloatch.
Nessa temporada, pela primeira vez o time chegou a uma final de conferência, onde perderam para o Chicago Bears, mas o futuro era animador para os torcedores. Em 2009 os Saints tiveram um recorde de 13-3, e chegaram no Super Bowl XLIV onde venceram o Indianapolis Colts por 31-17. Drew Brees foi nomeado MVP desse, que é único título da franquia e que iniciou um período muito vitorioso que dura até os dias de hoje
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