Uma paixão com 32 lados: Miami Dolphins
- Taynna Gripp
- 16 de mar. de 2023
- 3 min de leitura
A franquia com a cara do Brasil por seu logo alegre e ensolarado, Miami Dolphins, é a pauta de hoje da nossa coluna ‘Uma Paixão com 32 Lados’. O Dolphins, heroico time conhecido por ser o único da NFL a ter conquistado o Super Bowl invicto, na campanha de 1972, nasceu pouco tempo antes, em 1965, quando uma franquia de expansão da AFL foi concedida ao advogado Joseph Robbie e ao ator Danny Thomas. Em 1970 a franquia foi anexada a NFL com a junção das ligas.
Com poucos anos de vida, o Miami Dolphins já era uma franquia vencedora com o técnico Don Shula, o time avançou às finais de conferência por três anos consecutivos no início dos anos 70: em 72 o time alcançou a grande honra de ser campeão invicto, marca que até hoje não foi batida. Em 73, o time se sagrou bicampeão com uma vitória em cima do Minnesota Vikings.
Vídeo: Golim Sports
Mesmo com a vitoriosa década de 70, o grande nome a ser lembrado da franquia, Dan Marino, acabou entrando em campo alguns anos depois, no terceiro jogo da temporada de 1983, quando David Woodley, o quarterback titular, foi substituído. Keler Tancon (@TelerKancon) admite que Dan Marino foi um grande chamariz para torcer pelos golfinhos de Miami, o que com certeza influenciou quase todos os torcedores da franquia, afinal, os números de Marino eram impressionantes. Em sua primeira temporada ele estabeleceu o recorde de mais jardas passadas (5.084), mais touchdowns (48) e mais passes completos (362), o que rendeu a ele o título de MVP da temporada, mas, ainda assim, os Dolphins acabaram perdendo o Super Bowl XIX para o São Francisco 49ers, naquele ano.
Ainda que Dan Marino seja o grande nome da franquia e tenha jogado no time por 17 anos, entre 1983 e 1999, parte dos fãs só se apaixonou pelo time graças ao filme Ace Ventura, lançado em 1994. No longa, um detetive especialista em casos envolvendo animais, vivido por Jim Carrey no auge da carreira, é contratado para solucionar o desaparecimento de ninguém menos que o Golfinho da franquia de Miami. Como criança da década de 90, é impossível negar a influência gritante que o filme exercia, Keler ainda conta que só em 2012 conheceu o FABR, mas não conhecia quase nada de NFL, pouco depois disso, assistindo Ace Ventura acabou se interessando pela história do time e também de Dan Marino.

A identificação foi imediata por conta de Dan Marino, de Ace Ventura e da paixão de Keler por praia, tudo chamava o coração para o time de Miami e mesmo quando ele tentou torcer por outro time, em 2014, o casamento com os Dolphins já estava assinado, na alegria e na tristeza.
Para Matheus Ornellas (@Omeninoornellas), o amor chegou um pouco antes, nos idos de 2008 o time da temporada despertou a paixão! ‘Era a temporada da Wildcat, com um ataque totalmente imprevisível e gostoso de assistir’, comenta ele que ainda cita Cameron Wake, jogador que chegou ao time na temporada de 2009 e foi um dos principais defensores que Matheus já viu no time.
A ligação de Matheus com o Dolphins, inclusive, o levou a ter seus primeiros contatos com o jornalismo, profissão que escolheu para a vida, quando, em 2016, conheceu Siedro, um fã do time e do esporte que, na ocasião, tinha um site para falar exclusivamente do Dolphins.
Todo fã do esporte que já tenha assistido qualquer jogo comentado por Paulo Antunes, da ESPN, pode notar a devoção do mesmo pelos golfinhos de Miami, mas, talvez poucos saibam que a franquia tem entre seus proprietários minoritários as irmãs e tenistas campeãs Venus e Serena Williams e também a cantora Fergie.

Com um time promissor atualmente, o Miami Dolphins tem um grande desafio enfrentando em sua divisão o reformulado time do Jets, agora com Aaron Rodgers e ainda Josh Allen, quarterback de Buffalo Bills. Para Matheus, a cara da franquia é Christian Wilkins, um dos jogadores mais divertidos da NFL. Diversão é com certeza um adjetivo que combina muito com o Miami Dolphins, seja em suas cores vivas e agradáveis ou em seu logo alegre, os golfinhos, são, afinal, animais dóceis, muito inteligentes e amados por todos! Keler ainda cita Tua Tagavailoa, atual quarterback da franquia que sofreu com muitas concussões nessa temporada, mas que segue resiliente para apresentar o ótimo futebol que jogava na Universidade de Alabama.
De uma forma ou de outra, o torcedor do Dolphins sempre encontra um jeito de continuar amando e torcendo pelo time, assim como o Sol sempre encontra um jeito de nascer de novo nas belas praias de Miami!
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